A nascente
por Ayn Rand
Não é próprio da natureza do homem ― ou de qualquer ser vivo ― já começar por desistir, começar cuspindo na própria cara e amaldiçoando a existência; para isso é necessário que haja um processo de corrupção cuja rapidez difere de homem para homem. Alguns desistem já à primeira contrariedade; outros se vendem; outros decaem numa progressão imperceptível e perdem seu fogo, sem nunca saber quando ou como o perderam.
Mais tarde, todos eles submergem no vasto pântano dos mais velhos, que persistem em lhes dizer que a maturidade consiste em abrir mão do próprio discernimento; que a segurança consiste no abandono dos próprios valores; na praticidade, na perda da auto-estima. Contudo, uns poucos persistem e seguem em frente, sabendo que aquele fogo não deve ser traído, aprendendo como lhe dar forma, propósito e realidade.
Mas, tenham o futuro que tiverem, na aurora de suas vidas, os homens buscam uma perspectiva nobre a respeito da natureza do homem e do potencial da vida. Há pouquíssimos marcos que sirvam de guia nessa jornada. A nascente ― uma confirmação do espírito da juventude, que proclama a glória do homem e mostra o que é possível realizar ― é um deles. ― Ayn Rand
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“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever – inclusive a sua própria história.”